HQ's - O Trovão e os Quadrinhos

Ou, como eu fiz pra me manter pobre...

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Pensei... pensei... pensei... e não consegui uma forma de introdução para este texto. Como não consegui, vai na lata mesmo...

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O ano era 1984. O mês? Julho. No auge dos meus 11 anos ( ainda um pequeno track de festa junina e não o Poderoso Trovão dos dias atuais ), eu e meu irmão visitávamos minha avó e passeando pela redondeza, entramos em um edifício com excelentes sofás. Corremos para nos sentar, quando eu me joguei e senti uma saliência. Era uma carteira, com uma quantia em dinheiro que hoje beiraria os 500 reais. Mamãe fez um péssimo trabalho em minha educação e, em vez de embolsar a grana, fui atrás do proprietário. Achamos na terceira loja e ele nos gratificou com o equivalente a 20 reais.

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Bem, com 11 e 8 anos, respectivamente, e praticamente ricos, formulávamos com o que iríamos gastar a recompensa. Foi quando passamos em frente à banca de revistas da rodoviária e vimos aquele monte de números um nos chamando e assim, fizemos uma divisão justa, onde meu irmão ficou com uma revista e eu com duas. (:^D) . As revistas eram a estréia da DC pela Editora Abril... As primeiras edições de Super-Homem, Batman e da saudosíssima Heróis em Ação, que me apresentou Os Novos Titãs.

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Paixão a primeira vista, mês após mês mudamos a nossa rotina, passando a frequentar a banca à espera de nossos gibis. Com o passar dos anos, nosso gosto foi se apurando e nossa conta foi aumentando, quando conhecemos as publicações da Marvel, pela mesma editora.

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Meu irmão então, abandonou nossa amada DC e passou a nos trair com essa outra. Assim, eu fiquei responsável pela linha DC e ele pela linha Marvel, com a qual passei a flertar de sacanagem mesmo.

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Os anos foram ingratos para este colecionador. Vi excelentes revistas sendo canceladas (a própria Heróis em Ação), vi excelentes personagens tendo suas aventuras interrompidas, vi traças destruirem algumas de minhas raridades... Mas, também vi novas revistas e novos heróis surgindo e nos brindando com novas aventuras. E também conheci um novo formato de revistas, chamado Comics, que deu à minha coleção imensa o ingrato nome de "formatinho".

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Com o advento da internet, pude comprar algumas revistas destruídas pelas "lagostas", aprendi a ler as publicações que não veem pro Brasil e conheci outros loucos que como eu, também gostam deste mundo de fantasia.

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E hoje, 26 anos depois e alguns milhares de revistas guardadas, aínda vivo neste mundo, onde os homens se vestem de roupas coloridas para salvar as mocinhas e lutar contra o mal, seja qual forma ele tenha. Mantive meu vício, mas mudei de fornecedor, que atende por PANINI Comics.

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PS 1 - Abraços a todos que me ajudaram a acabar com meu salário de forma tão prazerosa:  Meu pai que bancou uma mesada no início; meu irmão que até hoje racha as publicações e divide o preju; alguns amigos, que me cederam algumas revistas, me ajudando a aumentar a coleção; à galera do fórum CULTURA POP, criada pelo saudoso José Henrique Bellintani, que hj faz o céu sorrir com as aventuras dos O-verines; à minha ídala Tebhata Spekman, do Blog Marry & Melody, só por existir e aos vários outros fãs de quadrinhos que não posso nomear individualmente, mas sabem que fazem parte desta trajetória.

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PS 2 - Esse texto não ficou nem um pouco parecido com o que eu queria, mas fazer o que?